A ganância da Fleurs Global não tem limites. Mesmo após ser alvo da Operação Poeira Vermelha por extração irregular de minério, a mineradora quer retomar suas atividades aos pés da Serra do Curral. Em 2018, a Fleurs instalou um empreendimento ilegal às margens do Rio das Velhas, entre Sabará, Nova Lima, Raposos e Belo Horizonte.
Mesmo com 15 autos de infração, a mineradora conseguiu um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) válido até fevereiro de 2024. Agora, o processo de um novo licenciamento ambiental está avançando e já recebeu parecer favorável da FEAM (Fundação Estadual de Meio Ambiente). Mais uma vez, o governador Romeu Zema mostra de que lado está nessa história. Essa licença está a um passo de ser concretizada.
O detalhe é que existe uma ação civil pública contra a Fleurs no Ministério Público, com audiência marcada para agosto. Além disso, não foi feita consulta ao Kilombo Manzo, conforme prevê convenção da OIT (Organização Internacional do Trabalho) da qual o Brasil é signatário.
Por essas duas razões, a votação da nova licença é irregular, já que desconsidera um rito obrigatório e configura atropelo judicial. Um conselheiro solicitou que o pedido da Fleurs seja retirado da pauta.
Agora, a decisão está nas mãos do presidente da Câmara de Atividades Minerárias (CMI), Yuri Trovão. Ele pode retirar o processo da pauta até que o Ministério Público emita uma decisão sobre o caso e o Kilombo Manzo seja consultado. Precisamos nos unir e pressionar Yuri Trovão para que a nossa voz - e não das mineradoras - seja ouvida. Preencha o formulário e vamos lotar sua caixa de entrada com e-mails exigindo que ele retire o processo da pauta.